Era uma ótima barrista mas, acima de tudo, estava no sítio certo à hora certa. Foi só aos 68 anos de idade que Rosa Ramalho (RR) foi sinalizada numa feira por um artista e professor das Belas Artes do Porto. Os restantes vinte anos de vida viveu-os sob os holofotes da fama e do Regime como a grande figura das artes populares tradicionais portuguesas. O Museu de Olaria de Barcelos tem uma importante coleção de peças desta artista, que se distinguiu também por uma personalidade desassombrada. Guiada pelo arquiteto Alexandre Alves Costa (amigo de RR e grande colecionador de obras dela), eis uma visita à vida e obra da oleira que pôs os barristas de Barcelos no mapa internacional.