Encomendada pelo Cardeal Cerejeira para ser Moderna, esta Igreja distinguiu-se desde o primeiro momento como o caso mais maduro e exemplar do Movimento da Renovação da Arte Religiosa que começou nos anos 50 em Portugal - dez anos antes do Concílio do Vaticano II. Da autoria de Nuno Portas e Nuno Teotónio Pereira, com um conjunto de outros jovens (à época) arquitetos, a Igreja do Sagrado Coração de Jesus foi Prémio Valmor 1975, é desde 2006 Monumento Nacional e permanece como referência internacional do que de melhor se produziu no Movimento Moderno. Projetada durante os anos em que em Roma decorria o concílio lançado pelo Papa João XXIII, o complexo da igreja é concebido como um quarteirão que se deixa atravessar pela cidade - uma aplicação literal da abertura ao mundo que, nos anos 60, a Igreja Católica se propôs fazer. O arquiteto José Manuel Fernandes e o Cónego António Janela são os nossos guias nesta Visita.